sexta-feira, março 22, 2024

 


                Falando de amor


    Vieste no meu caminho, se instalaste quieta

    nas bordas de minha alma, que era um traste.

    Vi teu olhar doce, tua alma quieta, quis beijar.

    Beijaste minha boca, e devagar, me acariciaste.


    Falaste do que existia em tua alma, não via,

    e floresceste os encantos do olhar, sorriste.

    Caminhei nos sonhos e agora quero, você sorria,

    desfaço fardos onde guardaste amor , se abriste.


    Caminhamos de mãos e corações abraçados,

    eu queria, que fosse mais, nunca senti assim,

    não lembraste de nada, olhares entrelaçados.


    Um abraço, um beijo, um carinho aconteceu,

    e depois quando olhaste meus olhos, enfim,

    pude dizer te amo, nos amamos no teu geneceu.



                        Nova Veneza, 23 de março de 2024

                            Luiz Alberto Monteiro

sexta-feira, março 15, 2024

 


            Saudade de você


Hoje, sem querer, lembrei do teu corpo,

acariciei, teus cabelos, tua nuca, teus seios,

e tudo que eu quis, você deixava, e sorria,

e calmamente, de leve, devolvia os toques.

Então, cruzamos olhares, abraços, beijos

brincamos como sempre, intensos.

Parecia eterno, o amor que nos une.

Nossos olhares sempre cúmplices,

desejando o outro que sempre espera.

Mas acordei de repente, e não te vi,

Era um sonho pensei ser verdade,

me iludi, mas te amei muito.



        Luiz Alberto Monteiro

        Nova Veneza, março de 2024

sexta-feira, novembro 03, 2023




Fragmentos de poesia, renascer


Em cada amanhecer,

em cada nota de música,

em cada viagem imaginada,

em cada sorriso visto e recebido,

em cada vida nascida e renovada,

é assim minha sina, pensada, repetida.

Tu renovaste meu desejo, meu olhar de amor.

Te darei meu abraço de carinho,

meu afeto mais delicado e intenso,

receberei teu olhar de amor, de ternura,

é assim meu cotidiano teimoso.


Biguaçu, 04 de outubro de 2023

Luiz Alberto Monteiro 

 



Fragmentos de poesia, Encontro


Nesse encontro de olhares,

depois de um abraço intenso,

trocamos um beijo,

cuido com muito zelo, e feliz,

por perceber carinhos intensos.

Nesse labirinto,

trocamos olhares cúmplices,

carinhos desejados comuns,

vou seguindo cuidadoso,

mostrando afetos simples,

recebendo olhares que abraçam,

minha alma, retribuo…

Construímos assim, juntos,

um amor recíproco,

sólido,

um amor enraizado dentro do peito.

Um amor que quero eterno.


Biguaçu, maio de 2023

Luiz Alberto Monteiro

 



        Fragmentos de poesia, nunca te vi


Nos encontros com na tua alma serena, eu sinto,

e descubro de cada olhar, um amor, um toque.

Não permita, Deus, que eu não a conheça e pressinto,

uma flor colho no jardim, atiro com meu bodoque.


Você recebe, agradece e me devolve um sorriso,

vendo eu ruborizo, e penso que me amas um pouco

vendo eu pego outra flor bela, e te dar eu preciso,

novamente te mando, me sinto como um louco.


E então faço desse jogo diário que me atordoa,

lembranças diárias, que cultivo aos prantos,

ainda não a conheci e já imploro: me perdoa.


Nessa esperança soturna, uma lágrima derramei,

então na solidão do meu olhar componho acalantos

que no refrão repete: nunca te vi, sempre te amei.


                        Nova Veneza, 27 outubro de 2023

                            Luiz Alberto Monteiro

quinta-feira, junho 24, 2021



                       70 anos

Que espero agora da vida,
a não ser o êxtase eterno da esperança,
a juventude do interior que não se acaba,
a parceira para a maturidade que tenho.

Que espero agora da vida,
a não ser o brilho do prazer mais gostoso,
o encantamento das vidas que observo,
a esperança que meus olhos sempre vêem.

Quero a continuidade do meu caminho,
descobrindo coisas do passado não vistas,
descobrindo amores novos em cada pensamento,
despertando o olhar para o que ainda não vi.

Quero experimentar tudo que me agrada,
se ainda não errei, quero errar um pouco que seja,
se ainda não amei, quero amar muito que seja,
se ainda não chorei, quero chorar.

Busco hoje o sentido de tudo sem culpa,
o prazer de não fazer nada,
a igualdade nos olhares trocados,
o fim dos beijos inacabados.


                            Luiz Alberto Monteiro, abril de 2021

sexta-feira, junho 11, 2021

Solidão

 


                            Solidão


A pior solidão é a d’alma que amargura,

não vemos nos caminhos diários a luz,

com isso às vezes vamos a loucura,

quero fugir, viajar sozinho no calaluz.


As flores murcham, nos campos altos

das montanhas, não reconheço as orquídeas,

meus olhos umedecem tenho sobressaltos,

lá insistem, voam as pequenas ranfastídeas


Caminhante trêmulo nos passos desconexos,

pergunto por alguém que sumiu na floresta,

no dorso da fêmea como um anuro, em amplexos.


Chamo o vazio, não responde, está de boresta,

não busca nada, não se ocupa, tem solidão,

arredio, olho o nada do futuro, é o que me resta.


                          Luiz Alberto, maio de 2021


Sensações novas

 


                  Sensações novas


Percebendo sentires diferentes a cada dia,

olhares, percepções e sempre aprendendo

estou a cada minuto vendo somente alegria,

não consigo ver insosso, vou sempre vivendo.


Ando pelos campos com flores coloridas,

todas as cores, todas as flores, todos os tons,

nem sei em qual percebo sensações doloridas,

em outras, sempre, ouço mágicos sons.


Ando aprendendo, e nessa caminhada interior

o aprendizado é sempre aprendizado solitário,

o aprendizado é as vezes com alguma dor.

 

Vou seguindo os instintos nas descobertas,

não paro de perceber, sou sempre solidário,

sou livre, vivendo com percepções abertas.


                 Luiz Alberto, maio de 2021


Poesia sem nome VI

 

                Poesia sem nome VI


Cadê minha realidade?

Tergiverso, desculpas eternas, prontas,

não vejo respostas no espelho,

cubro o rosto com a mão,

soluços pequenos, com lágrimas.

Evaporam nas loucuras alheias,

me carregando junto,

nem sempre o espelho responde

às minhas dúvidas e angustias.

O futuro foge nas noites úmidas,

escuras, tristes, sonhos horrores

com pessoas morrendo sem saber e sentir.

Em passos rápidos, na chuva caminho

soluçando, vejo pessoas levitando,

como se arcabouços fossem.

Cadê minha realidade?


             Luiz Alberto, maio de 2021

Quarto de despejo

 

                Quarto de despejo


Despeço-me de lembranças amargas, sem choro.

são dores, não de parto, mas também doloridas,

a cada despedida me mantenho atento aos cochos,

que no caminho via, por entre as flores coloridas.


Sedento de refazer a alma sombria, aos prantos

entrego-me sem reservas, sem medos conscientes,

mas, caminhando, agora encontro sorrisos tantos

que retribuo, como se fossem agora, sementes.


Saio dessa morada de tantas lembranças marcantes,

escondo meu rosto inerte, sem maiores rodeios,

desfaço ilusões, desmoronando tudo em instantes.


De cada caminho que trilhei, somente lembro agora,

de cada dor que deixei, não há recompensas, nem quero,

no olhar, teimoso, despejado que fui, sorrio a cada hora.


                             Luiz Alberto, abril de 2021


Fragmentos de poesia - Portas abertas

 

 

             Portas abertas


Com delicadeza,

vejo feliz teu coração aberto,

entro, com muito zelo, feliz

por perceber carinhos intensos.

Nesse labirinto,

trocamos olhares cúmplices,

caminhos desejados comuns,

vou seguindo cuidadoso,

mostrando afetos simples,

recebendo olhares que abraçam

minha alma, retribuo...

Construímos assim, juntos,

um amor reciproco,

sólido,

livre,

intenso.

 

                Luiz Alberto, março de 2021


Fragmentos de poesia - Poesia



                Poesia

Uso, para declarar meu amor,
à uma mulher sem que ela saiba,
mas ao ler, já percebe tudo,
nem precisava a poesia, ela percebeu.
Mas delicada que é, fala da surpresa ao ler,
diz simplesmente que leu,
mas quer saber pra quem fiz, engasgo,
invento histórias, disfarço minha timidez,
me entrego ao pânico, o que falo agora?
Falo que foi pra uma mulher com quem sonhei,
não lembro o nome, digo inseguro,
ela me olha, percebe meu medo,
e só diz, com a certeza, própria dela:
no próximo sonho quem sabe,
ela dirá também que te ama,
e dirá seu nome.
Bobo que sou, acreditei.


                           Luiz Alberto, março de 2021




Fragmentos de poesia - Percepção

 

                     Percepção


Troca de afetos diários,

desconfio, me alerto, por isso,

sensação, percepção de tudo.

Não há pressa, onde chegaremos?

Não há cobrança, como faremos?

Não há dúvidas, nas descobertas mútuas.

São toques na alma alheia, sinto afagos.

São olhares cobertos de ternura,

trocas delicadas de carícias, sem pressa,

desejos e sonhos com convergência plena.

Alimento minha alma dessas percepções,

deixo fluir o carinho e as trocas.

Não há palavras escancaradas,

somente afetos intensos,

Um dia existirá no rastro dessas trocas,

um amor pleno, intenso, feliz,

sem almas presas.


                  Luiz Alberto Monteiro, março de 2021


Fragmentos de poesia - Lutas

 

                           Lutas


Por quais me empenho,

sem me rasgar por dentro, as sinto.

Não, não quero a repetição de choros,

soluçados e que conheço do meu íntimo.

Quero a transgressão dos atos

pelos minhas poesias, silenciosas,

às vezes enigmáticas,

às vezes com recados diretos,

que o destino percebe, entende, silencia.

Meu silêncio, se não percebem,

é a luta mais ruidosa da alma,

é a mais dura de minha consciência.


      Luiz Alberto Monteiro, março de 2021

Fragmentos de poesia - Esperança

 

 Esperança


Minha alma que se amargura 
na tua dor, acaricio teus cabelos, 
beijo teu rosto, abraço tua alma, 
te faço carinho sem parar, 
só ouço teu silêncio, 
só ouço teu soluçar pequeno. 
Quando me aquieto, 
deitaste ao me lado, 
se aconchegaste nos meus braços longos, 
que só querem te proteger, 
que só querem acalmar teu coração, 
que só querem te aquecer. 
Que só querem, agora, te proteger.

Luiz Alberto Monteiro, março de 2021


Fragmentos de poesia - Desejos

 

      Desejos


São poucos, deliro com eles,

minh'alma sempre os perseguem.

Alguns me perseguem há anos,

esses sorrio quando lembro.

Um deles, era o mais difícil,

ser pleno no amar com liberdade,

sem cobrança, só contrapartidas no olhar,

no carinho, no toque, no abraço.

Sem condições, ao outro.

diminuindo a alma do outro.

Sem achar que o meu sonhar

é maior que o do outro,

assim esmagamos e somos esmagados.

Esse amor só existe

com a liberdade total da alma alheia.

Esse amor só existe

na confiança plena e mútua, sem vírgulas.

Esse parei de perseguir, encontrei.

Menos um desejo a ser desejado.


                 Luiz Alberto Monteiro, março de 2021



Fragmentos de poesia - Descobertas

                    Descobertas


Ouço tua voz em lugares

improváveis, secretos.

Ela acaricia meu silêncio,

desfaz dúvidas, diz segredos.

Ela, nos sonhos, é sussurro

que me arrepia,

me deixa trêmulo, excita.

Ela, dizendo segredos,

meus olhos veem,

o que sai de tua alma,

te beijo, nos amamos.

Adormecemos entrelaçados.


                   Luiz Alberto Monteiro, março de 2021


Fragmentos de poesia - Amor?

 

                      Amor ?


Eis que se insinua sorrateiro,

acolho, como quem cuida de uma flor,

rego, cuidadoso, meu sorriso retribui,

o silêncio, às vezes, aparece, se mantém.

Falando tudo do carinho pleno sentido.

São delicadezas, olhares, palavras

que me alimentam completamente.

Só tenho, hoje, no meu coração

espaços para liberdade.

Teu carinho me liberta pra eu sorrir.

Teu olhar me dá liberdade.

Tua voz me dá segurança.

Teu silêncio me transforma, excita.


                   Luiz Alberto Monteiro, março de 2021

Fragmentos de poesia - Amor

 

                             Amor


Nas vezes que faço pouco caso dele,

olho do lado oposto ao meu coração,

ele pulsa, vê, eu só disfarço sem jeito,

e cada vez que me atrai, sorrateiro

que é, descubro olhares despercebidos.

Negligências passadas?

Melancolias presentes?

Mas na tua voz, vejo delicadezas

insanas ao meu coração sossegado,

mas que teme insanidades alheias.

Quando me estende teu coração aflito,

e o acolho em meu olhar cuidadoso,

e o acolho em pétalas de rosas.

e o acolho em abraços,

enfim sucumbo sereno,

e devolvo o olhar com amor.


                 Luiz Alberto Monteiro, março de 2021


Fragmentos de poesia - Dia da mulher

 

               Dia da Mulher


Quantos homens em vão disseram me amar.

Quantos homens em vão disseram me respeitar.

Quantos homens em vão disseram me desejar.

Quantas vezes me senti, enganada?

Quantas vezes me senti, ultrajada?

Quantas vezes, me senti, usada?

Quero homens que saibam me ouvir,.

Quero homens que saibam ser femininos.

Quero homens que saibam colher flores.

Quando eles forem mulher, serão homens completos,

e eu não precisarei de um dia pra ser lembrada.

somos plenas na vida, pois somos completas.


                 Tainá Santos, 8 março de 2021


Fragmentos de poesia - Amor em pedaços


                 Amor em pedaços


É como quero agora o amor,
para que minha língua dele se aproveite,
no seu corpo com sabor de iguaria.
Tenho todo tempo do mundo,
demorei a achar o amor saboroso.
Quando te vi na entreluz do sonho,
demorei a perceber, ainda estou conhecendo.
Assusta um pouco.
Mas quero que meu corpo, sem pressa,
tu beijes, e que lambendo tudo que descobrires.
encontre em mim o êxtase de minha espera por ti.

                         Tainá Santos março de 2021




Sonho duplo











                                                Sonho duplo

Deitaste na minha cama.                               Olhei, você já estava nua,
Fizeste-me carícias antes do beijo,                tuas mãos em meu corpo,
Já fecho os olhos pedindo por mais,               nem sei o que fazes, mas gosto.
minhas nádegas, sedento, acariciaste.          Beijo teu corpo e brincamos,
Começo a gostar do que nunca quis,             nos possuímos com as mãos.
Prazer em toques que nunca quis.                Brinco com teu gozo latente, vejo.
Até que me viras pelo avesso,                       Brincamos como acrobatas, de circo.
Nessa hora, não quero o fim.                        Com teus carinhos loucos, deliro.
Por minutos eternos nos amamos,                Tempo? Nem sei, foi longa a troca,
beijamos, lambemos, nos tocamos.               recomeçava a cada segundo, sem fim
Confessei, não aguento mais!                       te toquei sem pudor, beijei sem pudor
Quando terminou, sei que                             certa hora perdi as forças, te olhei
nos abraçamos como nunca,                         nos abraçamos como sempre,
como todos os dias.                                       repetimos o ritual diário.
Já que estavas na minha cama,                     Olhei para o lado, te vi nua,
continuei a sonhar…..                                    não quero acordar…….


Tainá Santos,                                                  Luiz Alberto Monteiro
fevereiro de 2021                                            fevereiro de 2021

Fragmentos de poesia - Plantando flores




          Plantando flores


Meu sorriso, afetos,
Beijos de longe,
mas sinto o gosto de tua boca,
mas sinto o gosto do teu corpo,,
é gosto real,
na minha boca sedenta da tua.
Abraços de longe,
mas sentidos como reais,
em meu corpo imperfeito.
Os encaixes perfeitos,
de nossos dos corpos.
Essas são as flores,
que planto no percorrer
de minha caminhada.


                            Tainá Santos, fevereiro 2021

Fragmentos de poesia - Pensando

 




               Pensando


Tenho tido sentimentos,

atordoados, alucinantes de desejos.

Não estou louca, não sou desvairada,

só estou sedenta de toques em meu corpo.

Pensamentos em amores recordados,

de paixões intensas de desejos.

Sorrio sozinha quando lembro,

sinto sozinha quando lembro,

amo sozinha quando penso.


                    Tainá Santos, fevereiro 2021


Fragmentos de poesia - Nudez

 

               Nudez


Ando sempre descalço,

mas meu chão é meu sonho,

não creio nas rosas do caminho.

Olho em frente sem ver meus pés,

disfarço, no entorno te procuro,

já sinto, de longe, teu cheiro.

Quero, do teu cheiro,

a essência, teu corpo nu.


                       Tainá Santos, fevereiro 2021

Fragmentos de peosia - Espero

 

                       Espero

Estou vivendo a saudade.
Meu corpo nu, dormi nua,
espera tua mão, teu beijo.
Nunca me beijaste,
nunca me tocaste.
Ele dá sinais de querer teus afagos,
fico trêmula e me acaricio,
faço igual ao que me fazes nos sonhos
Em pouco tempo o êxtase chega,
escorre o prazer, farás igual, eu sei,
me abraço, tenho prazer,
espero você.

                   Tainá Santos, fevereiro 2021.

Poesia sem nome V

                 Poesia sem nome V


Sou por natureza, amante do amor,
Não tenho remorso de amor sentido,
Toco em flores, corpos, sem pudor,
e delicado, não se percebe. Contido.
Sou por natureza e por fé incoerente
Não me contenho em abraço intenso
corpos colados, parecem água corrente,
Quero, insano, primeiro teu cheiro denso.
Só quero abraço com braços entrelaçados,
no cheiro do mar, caminhantes da noite.
Vertigem no cansaço dos beijos de maresia.
Quero trocas libertas de amarras amargas,
Quando me tocares, ilumine minha cegueira,
quero tua alma leve, te dou, sem saberes, meu amor.
 

                              Luiz Alberto Monteiro fevereiro de 2021

 

Fragmentos de poesia - Pensando



                 Pensando

Tenho tido sentimentos,
atordoados, alucinantes de desejos.
Não estou louca, não sou desvairada,
só estou sedenta de toques em meu corpo.
Pensamentos em amores recordados,
de paixões intensas de desejos.
Sorrio sozinha quando lembro,
sinto sozinha quando lembro,
amo sozinha quando penso.

                    Tainá Santos, fevereiro 2021




Fragmentos de poesia - Envelheço?


                     Envelheço?

Não conheço essa palavra, soberbo que sou,
só vejo crescimento emocional,
de relacionamentos, amores possíveis,
pessoas incríveis que não conhecia, onde estavam?
Apesar de tantos elos não via.
E nesses encontros loucos,
vejo pessoas e talentos maravilhosos,
descubro almas gigantes que não sufocam,
percebo sorrisos plenos, que não sufocam,
só transbordam emoções, carinhos,
que vou colhendo, me alimento,
e sorrindo com a alma livre,
rejuvenesço, sigo ao lado feliz!

                 Luiz Alberto Monteiro, fevereiro de 2021





Fragmentos de poesia - Audácia


                  Audácia


O meu corpo,
já o domaste nas nossas noites
intermináveis, em nossas orgias de amor.
Só nós e nossas loucuras, íntimas.
Quanto mais o quiseste
e tu sempre querias mais,
nós trocávamos de carinho,
a cada instante, incessantemente.
Toques loucos, e o gozo era eterno.
Vens me enlouquecer.
Espero a audácia do teu olhar...
Que me enlouquece.

               Tainá Santos fevereiro de 2021.




Fragmentos de poesia - Alma gigante

 

                      Alma gigante


Sei bem quando aconteceu comigo.

Percebi que estava gigante,

quando minha sombra, só ela,

sufocava o homem pequeno,

o mesmo que um dia me sufocou.,

com o ciúme da mesquinhez.

Com o gesto pequeno que matava

minha liberdade e meu sorriso.

Quando meu semblante enrigecido,

já não brilhava,

Quando minha fantasia e os sonhos,

permiti que ele rasgasse,

A ferida me fez crescer, sorrir,

abandonei o homem pequeno,

que queria minha alma pequena

e não mais consegui vê-lo,

ficou na minha sombra.

Cresci, me abracei, me amei.


                     Tainá Santos, fevereiro de 2021.


Fragmentos de poesia - Desejos


         Fragmentos de poesia


O desejo
Sempre me surpreende,
por se insinuar em pequenos atos,
por se mostrar em caminhos impensáveis,
por admirações improváveis,
por lembranças sem roteiros,
por querer beijos completos,
por querer abraços intensos,
por querer olhares que dizem tudo,
nos silêncios de minha alma inquieta.

                   Luiz Alberto Monteiro, fevereiro 2021.




Venha


              Venha

Deixaste-me, agora, a sensação de vazio repentino,
eu a olhar pra todos os lados e não vejo tua luz,
mas lembro, é lua cheia, e essa imagem é o aventino
para minha solidão, sem abraços, beijos, só entreluz.

Queres ver olhos agora úmidos? Abraçaste-me quieto,
sombrio, nesta brisa que corta meus pensamentos.
Buscando na minha lembrança teu carinho e afeto,
escrevo agora, leia, odes ao amor, só fragmentos.

A saudade avizinha, as bocas sedentas da outra, chove.
Os sons me fazem imaginar alguns carinhos lentos,
A distância me deixa quieto, com saudades, me comove.

Ah! Toco no teu rosto, mas sedento, desço por teu corpo,
imaginando as carícias que nunca fiz, devagar, sussurros
que digo e ouço. Mordes os lábios, beijo você, nos olhamos.


                                   Luiz Alberto Monteiro, janeiro 2021

Poesia sem nome IV



             Poesia sem nome IV

Não haverá o primeiro beijo quando te encontrar,
já te beijei tantas vezes, em sonhos e pensamentos...
Até imaginei loucuras sensatas de amantes sem pudor,
beijos sutis no rosto desmaiado. Já tenho o gosto dos teus lábios

Não haverá a primeiro abraço quando te encontrar,
já te abracei tantas vezes em sonhos e pensamentos…
Até repeti em teu corpo, toques e carinhos ensaiados nos sonhos,
abraços em teu corpo, que vi sedento e pedinte de tudo que querias.

Não haverá a primeira troca quando meu corpo for teu,
já te dei meu corpo tantas vezes em sonhos e pensamentos….
Até que extasiado, te olhei, te beijei, fiz carinhos, abracei,
e por te desejar, e como nos sonhos, repetimos o ritual,

Sim, somente haverá reencontro de bocas sedentas,
de abraços imaginados, repetidos e moldados,
de troca de corpos aflitos por amor delicado,
Acordei, corro feito louco a tua procura,
não te encontro, adormeci, te reencontro.


                               Luiz Alberto Monteiro, janeiro 2021

Poesia sem nome III



       Poesia sem nome III


Liberdade de pensamentos, retidos
n´alma chorosa da falta de liberdade.
Caminho, sem pressa, revendo todas
as lembranças que me envolvem.
Abraços imaginários, mas intensos,
em cada um dos que amo.
Quando saio, penso encontrá-los,
em cada sombra que me espreita,
em cada voz que ouço chamar ninguém.
Tenho fulgores e espantos sou intenso,
choro um pouco, poucas lágrimas, intensas.
Não tenho tristezas guardadas, pra quê?
Falta espaço na minha alma.
No entanto, no passeio, colho rosas,
despetalando-as, vou vivenciando as
esperanças intensas em cada passo.
Me dou a mão, conforto-me, abraço-me
deixo escapar uma lágrima. Só mais uma...

               Luiz Alberto Monteiro, janeiro 2021


Poesia sem nome II



        Poesia sem nome II

Somos, no amanhã, páginas brancas
que preenchemos devagar, sem rumos.
Com sorrisos, lágrimas, vitórias e derrotas,
E meus olhos, se você vir, sorriem.

Somos, no amanhã, vazios preenchidos
de esperança nos distantes olhares alheios.
Olhares que nos alimentam, agora, de lágrimas
de saudade, de trocas e carinhos silenciosos.

Somos, no amanhã, passos incertos, firmes
nas caminhadas, agora sem rumo, sem destino.
Sei que estamos no mesmo caminho, te vejo,
te olho, estendo a mão, vejo a tua estendida.

Somos, no amanhã, esperança do abraço
louco de saudade, loucos por afetos e desejos…
Sei que lágrimas, também trocaremos,
faço juras de carinho, entre beijos, sem fim...

Seremos, se hoje for, quando o amanhã chegar,
amantes, sem pensar se terá fim, delicados,
intensos, e como numa valsa que ouço, sem fim,
balbuciar segredos guardados e direi te amo.

                            Luiz Alberto Monteiro, janeiro 2021

Poesia sem nome I



             Poesia sem nome I


Queixo-me,
aos meus sonhos,
das minhas inconstâncias,
das flores que não vejo
e dos amores que não alcanço.
Queixo-me,
aos meus sonhos,
dos amores que quero beijar,
meus desejos distantes, na distância,
quero teu corpo perto do meu, quieto.
Sou, agora, um botânico amador,
cultivo, nos meus sonhos,
jardins imaginários e belos
pra seus olhos, e que as flores,
reflitam a beleza do teu olhar.
Queixo-me aos meus sonhos...

                        Luiz Alberto Monteiro, janeiro 2021

Carinhos



            Carinhos


Que sofrida saudade sinto do teu louco carinho,
afagos do nada, e me acordas no meio da noite,
tuas mãos acariciam meus cabelos. No burburinho
de gemidos contínuos, dizes: queres que eu te beije?

Às vezes, penso que, tuas carícias eu dormindo, é sonho,
és tu delicado a acariciar meus seios, a olhar meu colo.
Queres que me sintas desfalecida, eu pressuponho
pois tuas mãos escorregam pelo meu corpo nu.

Viraste-me de lado, beijaste-me como sempre fazes,
sem nenhum pudor, tua língua não encontra limite,
junto as carícias repetitivas dos teus dedos, adormeço.

Nem lembro, só sei que meu corpo se contorcia,
com lembranças das trocas de amor que sempre
fazíamos, chego ao gozo, te arranho, te quero, durmo

                                              Tainá Santos, Janeiro 2021



Despedidas



                 Despedidas


Não lembras do amor que tiveste outrora, por mim?
Não minta outra vez.
Mas, eu, hoje, ao olhar teus olhos, vi
lágrimas no lugar de luzes de paixão.
Rendo-me às evidências do desencanto.
Nos despedimos, mas longe já estávamos.
Choramos,
e engasgado sem nada falar
pensei nesse amor, que não apagou,
pensei no abraço, na quietude dos gemidos,
pensei no toque delicado,
e chorei de saudade.

                                   Luiz Alberto, janeiro 2021

Ano novo

 

                    Ano Novo

Finda o ano e percebes que não nos beijamos,
nos acariciamos, nos tocamos, só imaginamos.
E o pudor que perdi para o toque leve no teu seio.
No entanto quero, desejo, todos os toques, anseio.

Ah! Se queres mais que minha imaginação, diga,
não entorpeça as vontades, se desespera e fica,
então digas das vontades que tem teu corpo,
de uma eu sei, querias de mim carinhos no dorso.

Mas de tanto imaginar e fazer nos sonhos, sei tudo
de tuas vontades loucas, no desespero, nos gemidos,
sei tudo que me disseste no sussurro dos teus pruridos.

Sei que também imaginas loucuras, já me disseste,
mas te digo, abraçarei teu corpo sem pressa, beijarei,
direi coisas, não ouvirás, minha mão, no teu corpo, deslizarei.

                                    Luiz Alberto Monteiro, dezembro 2020




Desmaios


                Desmaios


Vejo teu corpo na sombra, e no espelho.
Vejo, tudo, nas entrelinhas do pensamento,
Estás nua, andas nua, me olhas, mesmo sem relho,
doí quando tocas na minha pele nua, sofrimento.

Agora que imagino, por ter asas, és um anjo
que me atrai, me assusta te amar, sucumbo
Não lembras do amor que tiveste outrora laranjo
por mim? Não mintas outra vez, te vejo umbro.

Rendo-me às evidências do desencanto, emudeço
Chorando e engasgada sem nada falar, murmúrios
por esse amor que não apagou me compadeço.

Pensei, nos abraços, na quietude dos gemidos,
pensei nos meus toques na tua pele sedenta,
queria amar-te, desmaio, perco meus sentidos.

                         Luiz Alberto Monteiro, novembro 2020